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Ensine seu filho que o fracasso também existe. O mundo lá fora não terá piedade.

Por : Rui Miguel Trindade dos Santos


Nos dias atuais, o fenômeno das crianças sendo criadas em ambientes excessivamente protegidos e mimados tem gerado discussões acaloradas sobre os impactos que essa forma de criação pode ter no desenvolvimento emocional e social dos jovens. Uma das preocupações centrais é a forma como esses indivíduos lidam com a concorrência, o sucesso e o fracasso.


Um exemplo ilustrativo desse cenário é a realização de um torneio de natação em uma escola, onde a proposta foi enfatizar a participação sem premiar vencedores ou perdedores. Embora a intenção possa ter sido promover um ambiente mais inclusivo, onde todas as crianças se sentissem valorizadas, essa abordagem ignora uma parte fundamental do desenvolvimento humano: a habilidade de competir e, crucialmente, a capacidade de lidar com a derrota.


Crescer em um ambiente onde não há concorrência pode levar as crianças a uma falta de resiliência emocional. A vida é repleta de desafios e situações competitivas, e não saber lidar com a frustração da derrota pode resultar em adultos incapazes de enfrentar os obstáculos que encontrarão. A experiência de perder é essencial para o crescimento, pois ensina a humildade, a empatia e a perseverança. Quando as crianças não têm a oportunidade de experimentar a competição, elas podem não desenvolver as habilidades necessárias para navegar em um mundo que valoriza realizações e metas.


Além disso, a ausência de desafios e a proteção excessiva podem criar uma dependência emocional, onde as crianças se tornam avessas ao risco e à responsabilidade. No futuro, isso pode se manifestar em dificuldades para tomar decisões, já que a vida adulta traz uma série de escolhas e consequências, muitas das quais exigem uma capacidade de autoavaliação e autoaperfeiçoamento que só pode ser adquirida através da experiência.


O torneio de natação sem vencedores ou perdedores, embora tenha sido criado com boas intenções, pode resultar em um ambiente que não prepara as crianças para os desafios da vida real. É fundamental encontrar um equilíbrio entre incentivar a participação e permitir que os jovens experimentem o que significa competir. A concorrência saudável e o aprendizado a partir das derrotas são fundamentais para desenvolver confiança e resiliência, preparando-os para serem adultos bem ajustados e bem-sucedidos em um mundo competitivo.


Portanto, ao educar as futuras gerações, é crucial lembrar que um pouco de desafio pode ser benéfico, e que ensinar as crianças a lidar com o sucesso e o fracasso as prepara não apenas para competições, mas também para a vida em toda a sua complexidade.


Rui Miguel Trindade dos Santos


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